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Médico Leandro Boldrini, condenado a 33 anos e oito meses de prisão por envolvimento na morte do filho - Jefferson Botega / Agencia RBS |
A data da análise foi confirmada nesta terça-feira (11), após os desembargadores negarem recurso da defesa para adiamento. Devido à pandemia, a sustentação oral, momento em que os defensores apresentam argumentos, é realizada por vídeo gravado, que deve ser enviado previamente à 1ª Câmara. Os advogados Rodrigo Grecellé Vares e Ezequiel Vetoretti consideram que o atual procedimento prejudica a defesa e queriam que ocorresse presencialmente.
Na parte formal do julgamento, os advogados de Leandro contestam a permissão dada pela juíza Sucilene Engler para que os promotores continuassem a fazer perguntas ao réu mesmo após ele dizer que não responderia mais os questionamentos. O fato ocorreu quando o terceiro promotor começou os questionamentos, no terceiro dia do julgamento. O outro pedido é o de número de jurados sem intimação prévia da defesa.
Já na parte de mérito, a contestação da defesa é de que não havia provas de que o médico mandou matar o filho. Leandro foi acusado pelo Ministério Público de ser o mentor intelectual do plano para matar Bernardo. Conforme a denúncia, ele planejou e financiou o crime. Parte dos jurados concordou com a acusação em 2019.
— Existe uma diferença oceânica entre ele ser um pai ausente, que é um fato que eu inclusive reconheci na minha defesa oral no júri, fiz severas críticas a isso, e ele ter sido o mentor e mandante da morte. Não há o mínimo de elementos de prova nesse sentido. Até porque os motivos que o Ministério Público acusou ele de ter praticado esse crime não encontram qualquer respaldo na lógica humana — ponderaram os advogados Rodrigo Grecellé Vares e Ezequiel Vetoretti.
Caso o recurso dos advogados seja aceito, a sentença que condenou o médico deixaria de existir. Há a possibilidade, também, de anulação das penas dos demais condenados: a então madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz.
As penas dos réus:
Leandro Boldrini
33 anos e oito meses de prisão em regime fechado
30 anos e oito meses são por homicídio qualificado (motivo fútil, com emprego de veneno e mediante dissimulação)
Dois anos por ocultação de cadáver
Um ano por falsidade ideológica.
Graciele Ugulini
34 anos e sete meses de prisão, em regime fechado
32 anos e oito meses por homicídio qualificado (motivo fútil, com emprego de veneno e mediante dissimulação)
Um ano e 11 meses por ocultação de cadáver.
Edelvânia Wirganovicz
22 anos e dez meses de prisão, em regime fechado.
21 anos e quatro meses por homicídio qualificado (emprego de veneno e mediante dissimulação).
Um ano e seis meses por ocultação de cadáver.
Evandro Wirganovicz
Nove anos e seis meses de prisão.
Oito anos por homicídio simples
Um ano e seis meses por ocultação de cadáver.
Restante da pena em regime semiaberto
Fonte: Gaúcha ZH
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